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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Líder da Chacina de Felisburgo será solto nesta segunda e viajará para a Bahia

Acusado de ser mandante do crime que aconteceu em 2004, no Vale do Jequitinhonha, o fazendeiro Adriano Chafik conseguiu um alvará de soltura


advogado criminal
Acusado pelo Ministério Público de comandar a invasão ao acampamento sem-terra na Fazenda Nova Alegria, em Felisburgo, que causou a morte de cinco trabalhadores rurais, o fazendeiro Adriano Chafik Luedy será solto nesta segunda-feira (9). De acordo com o advogado criminal Sérgio Habib, que conseguiu o alvará de soltura para Chafik, é previsto que seu cliente seja liberado para viajar para a Bahia depois de passar 18 dias na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Determinada no dia 21 de agosto deste ano, além da prisão preventiva do fazendeiro, a Justiça mineira declarou prisão para Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira, Milton Francisco de Souza e Washington Agostinho da Silva, todos acusados de participação no crime. Na ocasião, o juiz do 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, Glauco Soares, considerou as sucessivas tentativas da defesa em adiar as sessões e a proximidade do julgamento dos réus, que está marcado para dia 10 de outubro. Adriano Chafik responde pelos crimes de formação de quadrilha, homicídio qualificado, tentativa de homicídio e incêndio. Sua pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Entenda o caso
Quatro pessoas são suspeitas de invadir o acampamento Terra Prometida, instalado na fazenda Nova Alegria, no Vale do Jequitinhonha, em 20 de novembro de 2004, e atirar contra homens, mulheres e crianças. Cinco trabalhadores morreram e outras 12 pessoas ficaram feridas na ação, que ainda incluiu o incêndio de 27 casas e da escola do acampamento. Anos depois da chacina, as famílias ainda vivem no assentamento e aguardam que parte da área seja desapropriada.
De acordo com o Ministério Público, integrantes do MST invadiram a fazenda ao saberem que se tratava de terras que nunca pertenceram a um particular, mesmo estando ocupadas por Adriano Chafik. O fazendeiro entrou com ação de reintegração de posse, mas acabou perdendo, e as terras foram demarcadas em favor dos assentados. Inconformado com a derrota jurídica, ele reuniu 14 homens, que passaram a ameaçar os assentados, até que ordenou o ataque ao acampamento.
Ele próprio teria conduzido parte do grupo para o local. Chafik chegou a confessar o crime para a Justiça. Um quinto réu, Admilson Rodrigues Lima, morreu no decorrer do processo. Testemunhas chegaram a relatar que até hoje os integrantes do acampamento Terra Prometida ainda sofrem ameaças constantes.

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