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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Testemunhas Depõem Em Audiência De Ação Contra Acusado De Pedofilia


Promotoria Disse Que ‘Testemunhas Confirmaram A Situação Abusiva’.
Defesa Alega Que Ficou Clara A Formação De Uma ‘Rede De Prostituição’.

A audiência da primeira ação criminal contra o advogado Marcos Colli, acusado de pedofilia e abuso de menores, teve continuidade nesta quinta-feira (29), em Londrina, no norte do Paraná. Foram ouvidas testemunhas apontadas pela acusação e pela defesa.
A audiência teve início no dia 22, mas foi suspensa após a defesa indicar que foi “cerceado o direito de ampla defesa”, pois o acusado não teve acesso às provas apontadas pelo Ministério Público (MP). Na ocasião, foram ouvidas as três supostas vítimas e uma das testemunhas.
Marcos Colli é ex-presidente do Partido Verde (PV) em Londrina, no norte do Paraná, e trabalhava como assessor da presidência da Câmara de Vereadores do município, cargo do qual foi exonerado logo depois das primeiras denúncias, em maio. Segundo o Ministério Público (MP), ele cometeu abuso sexual, fotografando e filmando crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito e pornográficas.
Preso desde o dia 20 de maio, Colli responde por um processo criminal por abuso de menores. A Justiça abriu cinco inquéritos para apurar as denúncias e conseguiu identificar nove supostas vítimas. Ele foi indiciado ainda por porte ilegal de arma.
Colli compareceu três vezes à sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele disse que a arma encontrada na casa dele pertencia ao irmão e ficou em silêncio nos depoimentos sobre as acusações de abuso sexual de menores.
A promotora Suzana de Lacerda informou que ainda faltam o depoimento de outras testemunhas, que não moram em Londrina. O interrogatório de Colli está marcado para o dia 2 de outubro. Foram marcadas ainda as audiências das outras três ações que o ex-assessor da Câmara responde. Elas serão realizadas nos dias 11 e 25 de setembro e no dia 2 de outubro.
Para a promotora, a audiência foi de acordo com o que o Ministério Público esperava. “As testemunhas ouvidas confirmaram a situação abusiva, de maneira clara, sem absolutamente nenhum envolvimento da família da vítima. O processo caminha para o fim”, disse.
Sobre a hipótese apontada pela defesa sobre uma possível insanidade mental de Colli, a promotora informou que a audiência demonstrou o contrário. “As pessoas esclareceram que ele tinha uma vida social normal. O que ninguém sabia, era o que acontecia, entre quatro paredes, dentro da residência dele”, apontou a Suzana de Lacerda.
Defesa alega que Colli é doente
Já o advogado de defesa de Marcos Colli, Mateus Vergara, afirmou que a audiência comprovou a existência de uma “rede de prostituição infantil”. “A participação do meu cliente nessa rede é como usuário. Da mesma forma que um usuário de drogas, a pessoa que, em tese, incorre do distúrbio mental da pedofilia, também é uma vítima e um usuário da rede de prostituição”, analisou.
Vergara voltou a dizer que o caso de seu cliente é “uma doença”, sendo um caso de insanidade mental sem a capacidade de avaliar a gravidade dos atos supostamente praticados. O advogado de defesa disse ainda que Colli apontou distorções nas provas apresentadas, tanto na questão de datas, como de conteúdo.
Sentença pode sair até o fim de outubro
Encerradas as audiências, abre-se um prazo para que advogados e o MP façam as considerações finais. Depois disso, a juíza poderá fazer a sentença. A previsão é de que o caso seja decidido até o fim de outubro.

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