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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

'Eram amigos', diz defesa de policial suspeito na morte de advogado no RN

PM é suspeito de ser intermediário na morte do advogado Antônio Carlos.
Justiça soltou o sargento pela segunda vez nesta terça-feira (30).



"Ele era amigo de Antônio Carlos há pelo menos 20 anos. Não tem como pensar em uma situação como essa". A declaração é do advogado Edberto Smith Júnior, que defende o sargento da Polícia Militar suspeito de ser intermediário no assassinato do advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira - assassinado no dia 9 de maio dentro do banheiro de um bar no bairro Nazaré, em Natal. O policial militar Antônio Carlos Ferreira de Lima foi preso duas vezes - a última nesta terça-feira (30) - e solto em seguida nas duas ocasiões. O Tribunal de Justiça do RN concedeu o último habeas corpus ainda na tarde desta terça depois do sargento Carlos ter sido preso por força de um mandado da 3ª Vara Criminal.

O advogado nega o envolvimento do policial no crime e conta que já entrou com um pedido de salvo-conduto na Justiça para evitar novas prisões. De acordo com Edberto Smith Júnior, o policial e a vítima eram amigos "de frequentar os mesmos locais e ir ao aniversário um do outro". A defesa do PM reforça que o sargento tem "comportamento excepcional, não respondeu a nenhum processo investigativo em nível de polícia e que o último processo respondido por ele na Justiça tem 11 anos".
Na denúncia acatada pela 3ª Vara Criminal, o juiz Ricardo Procópio de Melo converteu em preventiva a prisão de três acusados e expediu o mandado de prisão contra o sargento. No documento o policial Carlos também é colocado como suspeito de integrar um grupo de extermínio na cidade de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. Para Edberto Smith, além de não haver envolvimento do PM com grupos de extermínio, é um erro argumentar isso no processo. "O que a morte de Antônio Carlos tem a ver com isso? O que está sendo investigado? Isso foi determinante para o relaxamento da prisão", opina.

A defesa ressalta que o policial foi envolvido porque mora perto do acusado Lucas Daniel André da Silva, o 'Luquinha', que confessou ter executado o advogado. Edberto reforça que o sargento Carlos sabia do mandado de prisão desde a semana passada, mas permaneceu em casa, onde foi preso na manhã desta terça.

Prisões
Já estavam presos por envolvimento no crime o comerciante Expedido José dos Santos, preso no último dia 29 de maio; um pedreiro identificado como 'Irmão Marcos', preso enquanto trabalhava em uma obra no interior de Minas Gerais; e Lucas Daniel André da Silva, mais conhecido como 'Luquinha', que confessou ter matado o advogado.
Investigação
O primeiro a confirmar a participação do pedreiro no crime foi o comerciante Expedido José dos Santos. Expedito admitiu ser o dono do carro, mas continua negando ter qualquer envolvimento com a morte do advogado. Ele disse, em depoimento, que Irmão Marcos pegou seu carro emprestado e usou para dar fuga ao assassino. Ao G1, Expedito contou a mesma história e disse que ficou sabendo que seu automóvel havia sido usado num crime quando recebeu o carro de volta. Assustado, ele pegou a família e fugiu para Fortaleza, onde foi preso. No Ceará, ele também admite ter queimado o carro. Para a polícia, no entanto, o comerciante também estava no veículo e foi o mandante do homicídio – motivado, segundo a polícia, por vingança.
O segundo a confirmar a participação de Irmão Marcos no crime é um homem que confessa ser o próprio assassino. Lucas Daniel André da Silva, mais conhecido como 'Luquinha', foi apresentado durante coletiva de imprensa. Ao G1, ele admitiu o crime e afirmou que matou o advogado a mando de Expedito para se vingar de Antônio Carlos, que teria mandado derrubar o muro de um terreno que o comerciante diz ter comprado em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana da capital potiguar. Luquinha foi preso em um lava-jato no bairro Barro Vermelho.

Preso na cidade de Ipanema, em Minas Gerais, o ‘Irmão Marcos’ estaria na Doblò de cor prata usada na noite do crime. Ele, inclusive, foi citado por dois suspeitos já presos por também terem participado do assassinato.

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