.GoogleGenius-SEO {font-family: verdana; text-align: justify; color: #fff; font-size: 2px; line-height: 0.9; display: inline-table;}

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Laudo define arma usada para matar advogado criminalista

Os delegados que conduzem o inquérito sobre o assassinato do advogado criminalista Antônio Carlos de Souza Oliveira, 41 anos, executado na noite do dia 9 de maio, têm agora a certeza de que um revólver calibre 38 apreendido com um dos indiciados é a arma usada para matar o criminalista. A arma estava na residência de um vigia, que alegou ter comprado por R$ 1.500,00 a Lucas Daniel André da Silva, segundo a acusação o executor do assassinato. O laudo da perícia balística do Itep-RN aponta que os projeteis encontrados no corpo da vítima e na cena do crime foram disparados daquela arma.

advogado criminalista

Essa é uma das provas técnicas apresentadas ontem pela comissão de delegados que conduzem o inquérito. Os delegados Roberto Andrade e Karla Viviane narraram detalhes que constam nos autos sobre a suposta participação de cada um dos indiciados. Os delegados sustentam a tese de que o sargento PM Antônio Carlos Ferreira de Lima — preso desde 30 de julho — intermediou o assassinato e teria feito também um levantamento prévio dos locais normalmente frequentados pela vítima.
Uma semana antes do assassinato, na versão que consta nos autos, o sargento Carlos teria fornecido o revólver calibre 38 a Expedito José dos Santos, acusado de mandar matar o advogado. Segundo investigação da Polícia Civil, a disputa de um terreno em São Gonçalo do Amarante foi a motivação do crime.
O sargento Carlos, ainda segundo os autos, prestava serviços a alguns dos posseiros, enquanto o advogado defendia os interesses de uma imobiliária que também alegava ser proprietária dos terrenos. Para a polícia, dois momentos delinearam o destino do advogado criminalista. Uma discussão entre o advogado e o sargento ocorrida em um cartório, enquanto tentavam chegar a um entendimento sobre a propriedade do terreno, resultou em ameças mútuas e uma mensagem MSN encaminhada por Antônio Carlos ao sargento da Polícia Militar do RN.
O criminalista teria ameaçado o militar e um homem chamado “João do taxi”, uma das pessoas que reivindicavam posse de um dos lotes. Consta no inquérito que o advogado em conjunto com alguns amigos derrubou o muro que delimitava a área, estrutura onde Expedito José dos Santos já havia investido cerca de R$ 40 mil.
Após derrubar o muro, Antônio Carlos Oliveira teria enviado mensagem via celular para o sargento MP informando o feito. O plano de assassinato começaria a partir desse momento. Os delegados dizem que Expedito teria sugerido ao sargento Carlos para resolver o problema na Justiça. Mas o militar se opôs.
O plano da morte encomendada por Expedito dos Santos começa a ser executado. O sargento fornece a arma e indica o homem que seria o matador — Lucas Daniel André da Silva, o Lukinha —, pessoa que já prestava serviços ao militar. Segundo os delegados Roberto Andrade e Karla Viviane, Expedito teria prometido a Lukinha que após a execução ele poderia ficar com o revólver e posteriormente receberia R$ 1.000,00.
Lucas da Silva não chegou a receber o dinheiro porque, antes disso, Expedito dos Santos fugiu para o Ceará. Na noite do crime, Marco Antônio de Melo Pontes, conhecido como “Irmão Marcos” [era o vigia do terreno], desceu do Fiat Doblô e foi até o bar para comprar um espetinho de carne e ter certeza de que o advogado estava no local.
advogado criminalista

Na sequência dos fatos narrados na denúncia enviada à Justiça, Lucas da Silva vestiu o capuz e acompanhou a vítima no exato momento que Antônio Carlos Oliveira foi ao banheiro. Além do sargento da Polícia Militar, mais três pessoas já estão presas por causa do homicídio: Lucas Daniel André da Silva, o Lukinha, Marco Antônio de Melo Pontes, conhecido como “Irmão Marcos”, e Expedito José dos Santos, que estaria disputando o terreno com o advogado criminalista.
ARMAS
Além do revólver calibre 38 — arma que o exame do Itep aponta ter sido a mesma usada para matar o advogado —  os delegados apresentaram outras duas armas: uma pistola calibre .40 e outra 380mm, ambas apreendidas com o Sargento PM Antônio Carlos Ferreira de Lima.
A situação de uma das armas, a pistola 380, chama a atenção porque tem dois registros, em dois diferentes sistemas de controle de armas. Na base de dados do Exército Brasileiro, alimentada também pela Polícia Militar, a pistola está em nome do sargento. Mas no sistema da Polícia Federal está em nome de outra pessoa. Os delegados agora tentam mapear os caminhos dessa arma e investigam se pode ter sido usada em algum outro crime investigado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário