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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Matou menino de 6 anos e diz que foi por dinheiro

advogado criminal
A manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, de 22 anos, voltou hoje (14) a Barra do Piraí pela primeira vez desde que foi transferida para o Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio, após ser presa pelo assassinato do menino João Felipe Eiras Santana Bichara, de seis anos, no dia 25 de março. Ela chorou uma única vez durante o depoimento no Fórum da cidade, onde confessou ao juiz da 1ª Vara Criminal de Barra do Piraí, Maurílio Teixeira de Mello Junior, que estava arrependida do crime. Outras onze pessoas também prestaram depoimento.

Suzana disse ao juiz que planejou e executou sozinha o sequestro de João Felipe. Ela disse ainda que não planejou o crime por ciúmes ou vingança, e sim para pedir um resgate de R$ 300 mil por enfrentar dificuldades financeiras. A manicure ressaltou ter mentido em todas as entrevistas concedidas à imprensa, quando dizia ser assediada pelo pai da criança, o administrador Heraldo de Souza Bichara Júnior.

A acusada, porém, confirmou o que Heraldo havia declarado ao delegado da 88ª DP, José Mário Omena, de que eles tiveram uma relação sexual no ano passado, em um motel. Suzana era manicure e amiga confidente da mulher do administrador, a empresária e advogada criminal Aline Eiras Santana Bichara, há mais de três anos.

- Estava muito endividada, apenas para o Igor (um de seus amantes) eu estava devendo R$ 7 mil. Tive relação sexual uma única vez com o pai do menino, mas nada teve a ver com a morte da criança. Não pretendia matá-lo, apenas comprei remédio para dopá-lo. Chequei a dar um comprimido para ele, mas ele não dormia. Por isso, o matei porque poderia ser reconhecida mais tarde - disse Suzana, que foi interrogada no início da noite de ontem.

O depoimento confirmaria o planejamento do sequestro escrito em um caderno e que foi entregue pela mãe de Suzana à polícia em abril. O valor de R$ 300 mil aparece como o valor estipulado como pedido de resgate.

Depoimentos
O delegado titular da 88ª DP (Barra do Piraí), José Mário Omena, foi a primeira das 12 testemunhas a depor em juízo. O policial já tinha afirmado que Suzana e Heraldo tiveram relação sexual em junho ou julho do ano passado em um motel, onde permaneceram por 40 minutos.

- O motivo do assassinato foi dinheiro, e não porque a ré queria se vingar de Heraldo por ter sido rejeitada. Eles tiveram uma relação sexual, mas sem sentimento. Por isso, não acredito que ela tenha matado João Felipe por vingança ou por inveja da família do menino - disse o delegado.
Já os pais de João Felipe preferiram prestar depoimento sem a presença de jornalistas. Suzana também não estava presente: ela só apareceu no final do depoimento do casal, para que Heraldo e Aline fizesse o reconhecimento formal da acusada.

A defesa da ré foi feita pelo defensor público Marcos Lang, da comarca de Miracema, na Região Noroeste. Ele explicou que o defensor de Barra do Piraí ficou impedido de atuar porque Aline - mãe de João Felipe - fez estágio como advogada na Defensoria Pública da cidade.

- Minha assistida não só confessou a autoria do crime em juízo, como quer ser pronunciada e julgada o mais rápido possível por entender que tem que pagar pelo que fez - disse Marcos Lang.
Já o Ministério Público foi representado pelo promotor Antônio Carlos Peçanha. A família da vítima contratou o assistente de acusação, José Mauro Couto de Assis.

Os trâmites do processo seguem agora para a segunda etapa, que são as alegações finais. Em seguida, o juiz decide de se pronuncia ou não a ré.

Em caso afirmativo, Suzana vai a júri popular. Ele é acusada de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Taxistas e ex-companheiro também prestaram depoimentos

O depoimento do cabo da PM Carlos Henrique Rocha Guimarães foi marcado pela emoção. Ele chorou, e a audiência teve que ser interrompida quando narrou ao juiz como encontrou o menino morto - dentro de uma mala - na sala da casa da manicure.

Os taxistas que transportaram Suzana e João Felipe no dia do crime também depuseram. Raphael Fernandes Nascimento da Silva foi quem buscou o menino na Escola Nossa Senhora Medianeira e o levou com a manicure até o hotel.

- Seguia com eles para o Hotel São Luiz, no Centro de Barra do Piraí. O menino a reconheceu, e escutei quando ela disse a João Felipe que a mãe dele iria buscá-lo - contou Raphael.

O também taxista Eneas Marcolino de Oliveira foi quem buscou a manicure e a criança no hotel. Segundo ele, Suzana saiu com a criança coberta até a cabeça com uma manta.

- Pensei que fosse por causa do calor. Suzana bateu forte com a cabeça do menino na quina da porta do carro, na hora de entrar. Observei que a criança não esbouçou nenhuma reação - disse Eneas, que foi quem ligou para a polícia e disse onde havia deixado a acusada com a criança, após ler na internet que um menino tinha sido sequestrado.

Já o ex-companheiro da manicure, Maicon Santiago Olympio, disse que bancou financeiramente Suzana quando viveram juntos, por cerca de um ano. - Terminei com ela após descobrir que Suzana me traia com outro homem. Por isso, passei a ter nojo dela. Ela sempre falava mal do casal, que Aline e Heraldo viviam de aparências e que ele a assediava. Suzana ainda reclamava do garoto, a quem chama de mimado, e contava que o menino batia nela e na mãe dele quando ia fazer as unhas de Aline - disse Maicon.

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