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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Réus envolvidos em processo ligado ao Bolshoi são absolvidos em Joinville

Sentença foi publicada na última semana pelo juiz federal Sandro Nunes Vieira

Quase dez anos depois, a atual direção da Escola do Teatro Bolshoi em Joinville celebra uma decisão judicial que afastou as suspeitas sobre o uso de verbas repassadas pelos Correios ao Bolshoi, entre 2002 e 2004, quando a Escola era dirigida por Antônio João Ribeiro Prestes, responsável pela vinda do Bolshoi ao Brasil.
Em sentença publicada na última semana, o juiz federal Sandro Nunes Vieira absolveu Prestes e outros oito réus das acusações de improbidade administrativa, apontando que não houve dano ao patrimônio público nem foi comprovada fraude na obtenção da verba de patrocínio junto aos Correios.
O caso veio à tona em 2004, quando os Ministérios Públicos Federal e Estadual ajuizaram uma Ação Civil Pública alegando que, por meio de empresas criadas apenas para fazer o intermédio entre o Bolshoi e os Correios, Antônio Ribeiro Prestes recebeu indevidamente comissões de 10% do contrato de R$ 10,5 milhões firmado com a estatal.
Também eram réus no processo a então supervisora geral do Teatro Bolshoi, Joseney Braska Negrão, mulher de Prestes, e outras pessoas vinculadas ao instituto: Sylvio Snicikovski (ex-secretário da Educação do Município), Edson Busch Machado (ex-presidente da Fundação Cultural de Joinville), Carlos Adauto Virmond Vieira (também ex-presidente da FCJ), Nei Barreto Quintino e Yuri Alexandre Ribeiro (sócios-proprietários de empresas ligadas a Prestes), além de Sérgio Ayres Filho e Luis Carlos Meinert (então diretores do Instituto Escola de Artes Cênicas de Joinville, depois transformado em Escola do Teatro Bolshoi).
Ao absolvê-los, o juiz considerou que o patrocínio firmado entre os Correios e o Bolshoi não contou com renúncia fiscal, ou seja, foi firmado por "natureza comercial", onde os Correios tinham o propósito de promover sua marca e ampliar seu espaço no mercado.
Ainda conforme o juiz, "efetivamente houve trabalho prestado" na aproximação de potenciais patrocinadores por intermédio das empresas de Prestes e a forma como os pagamentos ocorreram "não se reveste de ilegalidade".
Em nota oficial divulgada nesta quinta-feira, o atual presidente da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Valdir Steglich, afirmou que a " sentença vem ao encontro do discurso e prática da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, no que diz respeito ao compromisso com a transparência, ética e boas praticas de gestão, visando cumprir sua missão de transformar talentos para uma sociedade melhor".
Como foi publicada em primeira instância, cabe recurso à sentença de absolvição dos nove réus. A possibilidade será avaliada pelo procurador da República em Joinville, Rodrigo Joaquim Lima. Como teve acesso à decisão somente na tarde desta quinta, o procurador prefere ainda não antecipar sua posição sobre o caso.

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